Cabelo nasceu em Cachoeira de Itapemirim, no Espírito Santo em 1967. Foi morar no Rio de Janeiro ainda menino, onde passou sua infância e adolescência praticando esportes como futebol, jiu-jitsu, surf e skate. Através do skate teve contato com o punk rock e seu lema "faça você mesmo" (DIY), atitude que marca até hoje sua expressão artística. Abandonou a faculdade de engenharia para dedicar-se à criação de minhocas. O contato com o poder alquímico desses anelídeos, de transformar dejetos em húmus, muito influencia seu pensamento.  Abatido por uma infestação de vermes retorna à cidade para tratar-se. Durante a convalescência tem contato com a poesia de Ferreira Gullar, Paulo Leminski, entre outros, e é inoculado pelo vírus da poesia. Daí em diante, dedica-se às artes plásticas e à música como manifestações de sua poesia.

Sua obra ganhou notoriedade em 1996, quando participou da mostra coletiva Antarctica Artes com a Folha, que foi responsável pela divulgação de diversos nomes de uma nova geração de artistas. No ano seguinte, participou da Documenta X em Kassel com a obra Cefalópode Heptópode, causando polêmica por atear fogo num aquário com peixes vivos. 

Cabelo teve suas obras em exposições individuais, entre as quais se destacam: Da Banalidade - Instituto Tomie Ohtake, SP (2016), Humúsica - MAM/RJ (2012), Nas Asas do Escaravelho Verde Ouro - Galeria Marília Razuk, SP (2008); Mianmar Miroir, The Corridor, Art Positions - Miami Art Basel (2006); Imediações de Monte Basura - Centre D’art Santa Monica, Barcelona (2005). Entre as exposições coletivas destacam-se: Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2009); De Perto, De Longe - Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo (2008); 26ª Bienal Internacional de São Paulo (2004); How Latitudes Become Forms: Art in a Global Age - Walker Art Center , Minneapolis, EUA ; Violência e Paixão - MAM/RJ (2003); Cote à Cote, Art Contemporain du Brésil - CAPC Musée d’Art Contemporain, Bordeaux, França (2001).

Na década de 90, formou  com outros poetas a banda Boato, as apresentações da banda ficaram conhecidas por sua mistura de rítmos, e pelo vigor poético e performático. Nesse período lançou pela Dubas/Warner o CD Abracadabra. Realizou em 2011 a exposição Cabelo apresenta: MC Fininho e DJ Barbante no Baile Funk ( Gentil ) Carioca, incorporando o personagem MC Fininho. Para esta mostra, convidou produtores como Kassin, Sany Pitbull, Lucas Santtana, entre outros, para produzir os funks que compôs. Como MC Fininho se apresentou em junho de 2012 no festival Back to Black em Londres  com Sany Pitbull e dançarinos do passinho.

Em muitas de suas obras utiliza a música, seja ela improvisada com um microfone, ou com uma banda no palco de um teatro. Em colaboração com outros músicos, fez trilhas sonoras que integram instalações, como em Caixa Preta com Paulo Vivacqua - misturando raps de facções criminosas com vozes de Glauber Rocha e Hélio Oiticica, e Mianmar miroir, the corridor com Leo Saad. 

Como compositor, tem músicas gravadas por Monobloco, Ney Matogrosso, Pedro Luis e A Parede, Cidade Negra, Oswaldo Pereira, entre outros. Está gravando seu CD solo programado para ser lançado em 2017.

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